Rede Ebserh enfrenta a Covid-19 com atendimento humanizado

Profissionais de saúde contam sobre a experiência de atuar na linha de frente contra o coronavírus

A enfermeira Amanda Ramalho, atuante no Hospital Escola de Pelotas (RS), foi capa do jornal The New York Times ao lado de outros profissionais da saúde de todo o mundo no início deste mês. Sem poder ter contato com sua família há dois meses pelo risco de contágio pelo novo coronavírus, a enfermeira da Rede Ebserh publica periodicamente relatos de seu cotidiano em seu perfil do Instagram, o que chamou a atenção da mídia.

Contratada temporariamente pelo processo seletivo emergencial realizado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para o enfrentamento à pandemia, e aprovada no concurso nacional da estatal, Amanda é um exemplo de dedicação, assim como  inúmeros profissionais da Rede Ebserh que têm atendido os pacientes portadores de Covid-19 de forma humanizada.

O atendimento humanizado é um diferencial buscado dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), no qual, defendem especialistas, o paciente não pode ser abandonado mesmo com a preocupação gerada em um contexto de pandemia, como a que o Brasil atravessa.

“Temos que promover saúde e bem-estar. Demonstrar para o paciente que está ali conosco, que nós não temos medo dele e nem do vírus, que deixamos tudo para trás. A partir do momento em que entramos naquela enfermaria exclusiva para pacientes com coronavírus, vamos atendê-lo independentemente de ser um caso suspeito ou confirmado, sem medo”, disse Amanda.

Muitos profissionais abrem mão do conforto de seus lares, da convivência com seus familiares para enfrentarem os desafios diários de oferecer uma assistência humanizada. É o caso de Mércia Uchoa, fisioterapeuta do Hospital Walter Cantídio, em Fortaleza (CE). Ela completou 45 anos em 14 de maio, longe da família, em plantão. Mércia está distante dos familiares há dois meses, quando a contaminação comunitária na capital cearense teve início.

Com o marido asmático e por medo de contaminar a todos de casa, optou por manter-se separada da família para o bem e saúde deles. “Estamos todos isolados: pai, irmãos, sobrinhos, tios, primos. Nós nos comunicamos por vídeo chamada. Sinto um misto de sentimentos: tensão e medo de tanta exposição à carga viral a que nós, profissionais da saúde, nos submetemos diariamente; tristeza pela perda de colegas e pacientes e dor de seus familiares. Sigo firme e com muita fé”, disse Mércia.

Para a fisioterapeuta, o trabalho humanizado deve partir de todos. “O atendimento humanizado é realizado de profissional para profissional, quando nos ajudamos e trabalhamos em equipe. De profissional para paciente, que não é só o cuidado específico, mas também no olhar, na escuta. Enfim, é preciso ter empatia, precisamos cuidar uns dos outros”, ressaltou.

A humanização busca ofertar um atendimento mais próximo e humano aos pacientes, que se encontram fragilizados por conta de suas enfermidades, com medo do futuro. Estudos apontam que a forma com que os pacientes recebem o tratamento faz diferença em sua recuperação. Apoio psicológico, proximidade (não necessariamente a física), visita de familiares (mesmo que virtual, oferecido em muitos hospitais da Rede Ebserh) auxiliam a passar pelo momento delicado de uma internação.

Assessoria de Comunicação Social, com informações da Ebserh